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16 de fevereiro de 2025

Semana será de aumento de umidade e temporais devem ocorrer na Região Nordeste do Brasil

Projeções indicam aumento significativo de umidade em certos pontos, trazendo possibilidade de chuva com até riscos de temporais, principalmente no interior.  

Temporal atinge a capital pernambucana (05/02) | Via Instagram @vamosrecife

Começando neste domingo (16/02), a chegada da umidade marítima deve aumentar a frequência das pancadas de chuvas no setor leste nordestino, que podem até ser, por vezes, fortes; mas que não devem gerar acumulados expressivos. No mesmo período, chuvas seguem ocorrendo nas áreas que compreendem o oeste da região, como no estado do MA. Pancadas mais rápidas e isoladas podem ocorrer em pontos isolados das demais áreas do NE, como é possível observar na projeção a seguir:

GFS/Meteologix | Precipitação total em (16/02)

No dia seguinte, segunda-feira (17/02), pancadas ficam menos distribuídas no setor leste e PB e RN seguem registrando pancadas frequentes. No interior, é possível observar o avanço da umidade avançando do MA para o PI, levando pancadas também para o estado. Também é possível notar a continuidade das chuvas no setor norte litorâneo, com um pouco mais de intensidade. Partes do litoral da BA também deve registrar pancadas que podem ser fortes.

GFS/Meteologix | Precipitação total em (17/02)

Na terça-feira (18/02), chuvas diminuem no litoral baiano, ao mesmo tempo que as áreas de instabilidades ganham espaço em partes do interior nordestino. PI deve registrar temporais, enquanto fortes chuvas também não são descartadas no interior da PB e partes do RN e CE. No setor leste, a chuva volta ao litoral pernambucano, segue na PB e diminui no RN.

GFS/Meteologix | Precipitação total em (18/02)

Na quarta-feira (19/02), uma atenção especial entra em vigor; um cinturão de instabilidades é previsto começando na Região-Norte e se fecha com o NE; temporais mais organizados devem ocorrer entre o MA e PI. A chance de temporais também sobe no estado do CE e fortes chuvas também permanece entre o interior dos estados da PB e RN. O litoral entre PE e RN pode registrar fortes pancadas de chuvas, a medida que o mau-tempo se instala, eleva o risco de acumulados prejudiciais.

GFS/Meteologix | Precipitação total em (19/02)

Na quinta-feira (20/02), temporais mais intensos são prováveis entre MA e PI; chuvas diminuem entre PB e PE, ao mesmo tempo que o mau-tempo deve se instalar com mais persistência entre o litoral potiguar e o estado do CE; com riscos de temporais e acumulados prejudiciais nesses pontos.

GFS/Meteologix | Precipitação total em (20/02)

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10 de fevereiro de 2025

Virada no tempo é prevista na Região-Sul, com atenção

A rápida passagem de uma Frente-Fria próximo da região promete mudar o tempo no RS, SC e PR, trazendo riscos geológicos.

Chuvas intensas também atingiram a região em (16/01) | Via Instagram @tudixfloripa

No dia 11/02, uma Frente-Fria desloca-se próximo do RS, influenciando o tempo no estado. O tempo fecha no centro-leste e pancadas ocorrem; o tempo deve piorar gradualmente, conforme o mau-tempo se instala na região; à noite, já há risco de temporais isolados, principalmente na Região Metropolitana.

Modelos divergem e ECMWF projeta chuvas mais abrangentes.

No dia 12/02, temporais intensos se espalham no centro-leste do RS e o tempo também muda nas demais áreas. Mas a atenção vai toda para as áreas mais ao leste do estado. Modelos divergem e riscos maiores de temporais ficam entre o meio-sul do RS e o centro-leste de SC, podendo registrar acumulados superiores a 70 mm em 24h. 

Ao decorrer do dia 13/02 e chegada do dia 14/02, o mau-tempo também chega no PR, levando riscos de temporais com acumulados expressivos também no centro-leste do estado. Enquanto isso, o tempo melhora no RS e o risco de temporais cai.

No dia 14/02, o mau-tempo segue no litoral do PR; chama atenção a concentração de umidade prevista para ocorrer especialmente nessa área, trazendo riscos de deslizamentos de terra, por exemplo. Nesse mesmo período, pancadas fortes e localizadas, devem ocorrer no interior da região-sul e o mau-tempo volta a ganhar espaço no centro-leste de SC e PR.

Em contrapartida, o GFS projeta temporais mais concentrados.

 Acumulados superiores a 100 mm podem ser registrados nesse período no centro-leste dos três estados do Sul.

6 de setembro de 2023

Chuvas retornarão com força na Região Sul em meio a 'calamidade pública'

Como se já não bastasse os grandes estragos com enchentes, inundações e vítimas fatais na Região Sul do Brasil; chuvas retornarão com força, trazendo novos riscos de temporais com rajadas de ventos, chuvas intensas e possibilidade de granizo.

Grave inundação em Taquari, RS | Via Twitter / Lucas Fleck

O Rio Grande do Sul começou a ser severamente castigado pelas chuvas ainda durante o final de semana passado, quando os acumulados generalizaram acima dos 100 mm em diversos pontos em um curto período; principalmente no centro-norte do estado. Há diversas regiões com acumulados acima dos 200 mm nos últimos 5 dias, é bom frisar que esse volume caiu em 'curtos períodos' para entender e gravidade do evento.

Precipitação nos últimos 5 dias | INMET

Além do RS, o estado de SC também foi atingido pelos temporais. O centro-sul do estado e meio-oeste foram os mais atingidos, com acumulado de até 170 mm no mesmo período.

A previsão para as próximas 96h preocupam, pois, há rios ainda no nível considerado 'cota de inundação'.
Chuvas já devem começar ao decorrer desta quarta-feira (06/09), agravando-se nos dias seguintes. 

Precipitação nas próximas 96h | GFS/Weathermodels

Já nesta quinta-feira (07/09), as chuvas voltarão a ganhar força no RS com a influência de uma baixa pressão no Paraguai, mas em especial, o centro-sul do estado, que será a primeira região atingida (área menos atingida no último evento); há possibilidade de fortes temporais com rajadas de ventos superiores a 60 km/h com até queda de granizo já durante a madrugada. Ao decorrer do dia, os temporais cruzarão o estado, deslocando-se para as áreas mais atingidas no último evento do 'final de semana passado', causando novos temporais e reforçando a cheia dos rios. 

Com um deslocamento relativamente rápido (o que diminui a chance de acumulados expressivos, mas não anula), a baixa pressão já dará origem a uma nova forte frente-fria, que já deve chegar em SC e PR durante a madrugada do (08/09), podendo causar até queda de granizo, com chuvas intensas e rajadas de ventos prejudiciais no meio-oeste de SC e sudoeste do PR. Ao decorrer do dia, um alívio; a frente-fria perde força significativa e deve provocar apenas, pancadas mais isoladas.

Em (09/09), as áreas de instabilidades voltam a ganhar força e chances de temporais aumentam no meio-oeste de SC e meio-oeste do PR; possibilidade de temporais reduzirão gradativamente ao decorrer do dia (10/09), quando as instabilidades devem seguir rumo ao oceano; aumentando as chances de temporais na faixa leste de SC durante o domingo.

Radar meteorológico às 16:20 BRT (06/09) | Rainviewer

O radar meteorológico disponível aqui, já revela áreas de instabilidades no sudoeste do RS; pancadas de até forte intensidade já se deslocam sobre o estado, acompanhe aqui

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31 de agosto de 2023

Furacão Idalia provoca chuvas massivas nos EUA; veja dados

Estados como a Flórida, Geórgia, Carolina do Norte e Carolina do Sul fora as mais atingidas. Estações meteorológicas particulares registraram um grande volume de chuva em diversos pontos desses 4 estados dos Estados Unidos.

Furacão Idalia em (30/08) | NOAA

o ex-Furacão 'Idalia' segue no continente estadunidense, provocando chuvas volumosas e seus ventos ainda são prejudiciais. O sistema é atualmente classificado como Tempestade Tropical, com ventos sustentados de 89 km/h e rajadas que ultrapassam os 121 km/h. 

Todos os estados do sudeste dos (EUA), estão sofrendo os efeitos do Idalia. Na Flórida, a região de 'East Lake' chegou a registrar 211 mm/17h. Em 'Masaryktown', 176 mm/17h. Na Região do 'Norte de Brooksville', 187 mm/17h. Em 'Tallahassee', região do Landfall, 256 mm chegaram a ser registrados em apenas 19 horas.

Furacões Idalia e Franklin em (30/08) | NOAA

Ainda no estado da Flórida, a região de Madison registrou incríveis 428 mm em apenas 19 horas. No estado da Geórgia, a região de Baxley, registrou 516 mm e 448 mm foram registrados em Lakeland no mesmo período.

Na Carolina do Sul, Luray registrou 438 mm em apenas 19 horas. No mesmo período que, 'Speaks Mill' registrou 481 mm. Na Carolina do Norte, o sudeste do estado foi o mais atingido, como as cidades de Calabash, com 298 mm/21h e Carolina Shores, com 349 mm/21h.

Alguns acumulados de precipitação nos estados mais atingidos pelo Furacão Idalia, nos EUA | Estações particulares

*A Análise dos dados foi feita com mais cautela por se tratar de estações particulares. Quando um determinado número de estações registram volumes semelhantes em uma mesma área específica, é considerado pela Amantes do Tempo.

Obs. Tais valores, "não necessariamente" foram os maiores volumes de precipitações registrados nas regiões em questão. A Amantes o Tempo analisou pontos estratégicos, onde áreas de instabilidades mais consideráveis, atingiram. Mas nada impede que há valores maiores que o apresentado em outros pontos.

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25 de agosto de 2023

Litoral do Centro-Sul do Brasil terá dias chuvosos e riscos de temporais

A passagem de uma frente-fria no litoral do Centro-Sul do Brasil, deve provocar volumes expressivos em algumas áreas durante sua atuação; a configuração dos ventos previstos é compatível com eventos clássicos de chuvas volumosas em alguns pontos, aliado a condições geográficas da região.

Temporal de granizo chegando em Florianópolis (SC) | Via Instagram / @amilpelobrasilofcial

Na tarde desta quinta-feira (24/08), a chegada da frente-fria, já provocou um temporal de granizo na cidade de Florianópolis (SC). Áreas de instabilidades já atuam em estados como PR, SP e RJ. Os maiores riscos de acumulados expressivos, são nas áreas litorâneas entre SC e ES, com destaque para o litoral norte de SP e litoral sul do RJ, onde precipitações devem superar os 100 mm/24h.

Ressalta-se que, apesar dos acumulados não parecerem tão significativos neste período da simulação, o risco é que os acumulados possam cair em um curto período (em forma de temporais). 

A partir do fim da tarde desta sexta-feira (25/08), as áreas de instabilidades devem se intensificarem no litoral do PR a caminho de SP; os ventos estarão de sudeste, o que concentra a umidade nas áreas litorâneas, principalmente em áreas de serra, provocando acumulados expressivos prejudiciais, acarretando deslizamentos de terra.

No dia seguinte, sábado (26/08), o dia seguirá chuvoso entre o litoral do PR e SP, enquanto a frente-fria segue se deslocando lentamente entre os estados do RJ e ES; no período da noite, as áreas de instabilidades devem seguir se intensificando, de forma mais organizada entre SP e ES, com atenção especial para o litoral norte de SP, é nesse período que volumes expressivos em pouco tempo, deve ser observado.

Precipitação acumulada até (28/08) | GFS/Meteologix

Em (27/08), no domingo, o dia será chuvoso entre o litoral norte de SP e ES, com riscos de temporais em alguns pontos, como no litoral norte de SP, estado do RJ e ES.

Na segunda-feira (28/08), os ventos marítimos devem seguir concentrando umidade no continente, gerando riscos de acumulados expressivos no estado do RJ. No ES, uma queda de pressão atmosférica é prevista em alto mar durante a madrugada/manhã, na altura do continente, o que deve concentrar umidade na região e gerar fortes pancadas de chuvas. Durante o dia, a chuva perde força, mas o dia seguirá instável, com pancadas a qualquer momento, desde o litoral de SP, até ES.

Na terça-feira (29/08), áreas de instabilidades voltarão a ganhar força em todo o litoral com a ajuda da divergência em altos níveis, o que estimula temporais onde houver gatilhos como umidade e calor; fortes pancadas devem voltar atingir todo o litoral; desde a faixa norte de SC, até o ES. Em MG, a mesma dinâmica provocará chances de fortes temporais com possibilidade de granizo no centro-sul do estado, com riscos de atingir a Região Metropolitana de Belo Horizonte.

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16 de agosto de 2023

El Niño se tornará 'forte' neste verão, segundo a NOAA

As previsões se mostraram, realmente, com um índice de confiabilidade muito grande; conforme uma de suas notas (da NOAA), divulgada em 08 de Junho (a anomalia ainda estava (+0,8 °C) no Niño 3.4, o El Niño seguiria em curso e ganhando força e atingiria a força moderada, "quando a anomalia da temperatura da superfície do mar torna-se igual ou superior a (+1,0 °C)" durante as semanas seguintes, era o que previa a nota, o que se concretizou.

TSM em 16/08/2023 | NOAA

Em nova nota divulgada no último dia 10 de agosto, reafirmaram a presença do fenômeno e indica fortalecimento não só durante o verão (do Hemisfério Sul), mas também, ainda após a estação, caminhando para um El Ninõ "forte". Segundo a NOAA, a chance é de '2 em 3' de que o fenômeno iguale ou exceda a anomalia de (+1.5 °C) neste verão, o que caracterizaria tal. A instituição também frisa que, o índice de confiança da previsão subiu em relação ao mês anterior, devido aos últimos acertos, anomalias já em (+1,0°C) e o período de pico de temperaturas acima da média estarem cada vez mais próximas.

Ninõ 3.4 seguirá aquecendo | NOAA

Ainda de acordo com a nota, a NOAA afirma que, os efeitos globais do El Niño são sempre perceptíveis durante os meses de novembro a janeiro, é ciclo sazonal do ENOS. Com isso, a maioria dos eventos relacionada ao fenômeno ocorrem entre final da primavera, no verão e decaem durante o outono (leve o Hemisfério Sul como referência para as estações citadas). 

Condições da Célula de Walker durante El Niño (entre dez-fev) | NOAA

A nota também trás um dado interessante; se caso, o aquecimento deixar de ocorrer antes do próximo verão, será a primeira vez na história das análises (desde 1950) que um aquecimento chega a tal configuração  (+0.8 °C) sem seguir aquecendo.

13 de junho de 2023

Por que La Niña e El Niño são identificados apenas no Oceano Pacífico?

Talvez você já tenha feito essa pergunta, ou até chegou a pesquisar, mas não há muito conteúdo a respeito disso atualmente, é por isso que estamos aqui. Vamos entender, de uma vez por todas o que acontece para que esse fenômeno seja identificado apenas nesse oceano em específico, quando há outros 4 oceanos no planeta que não são levados em consideração para a classificação dos fenômenos em questão:

La Niña 2020 configurada | NOAA

A formação da La Niña e El Niño está diretamente ligado com a intensidade dos ventos equatoriais: quando mais fortes que o normal, gera ressurgência das águas mais profundas do Oceano Pacífico, provocando o resfriamento acentuado em toda a região tropical do mesmo, é aí que identificamos a La Niña. Em outro cenário, os ventos equatoriais perdem força, e as águas mais profundas deixam de ressurgir com tanta frequência, o que acaba gerando uma anomalia de aquecimento acentuado, é aí que identificamos o El Niño. A depender do quão fracos ou quão fortes estão esses ventos, vai influenciar diretamente na intensidade desses fenômenos.

Agora que você já sabe o que provoca o motivo da existência do El Niño e La Niña, podemos avançar para a próxima etapa do assunto: com isso em mente, vamos ressaltar mais um ponto muito importante para entender tudo; os ventos equatoriais citados anteriormente, existe em todo o planeta e não só sobre o Oceano Pacífico, sendo assim, o resfriamento ocorre em todos os oceanos da região tropical, correto? Não, não é bem assim! apesar dos ventos equatoriais ser de escala planetária, o aquecimento e resfriamento não ocorre simultaneamente em conjunto ao Pacífico. Temos que considerar a dimensão dos oceanos; o Pacífico é o maior oceano da terra, tanto em área ocupada, quanto em profundidade, é 1/3 do planeta. Por esse motivo, seu resfriamento acaba sendo um processo mais longo e mais duradouro, ideal para a identificação do El Niño e La Niña, e justamente pela sua dimensão, o que acontece lá, tem impactos globais, se tratando de tempo, e até do clima. É esse o motivo do fenômeno ser identificado apenas no Oceano Pacífico.

O maior oceano do planeta | InfoEscola

Entretanto, é importante ressaltar que, apesar do Oceano Pacífico ser de impacto global, os demais oceanos também tem papel importante para o comportamento do tempo local nas regiões em que estão situados. Por exemplo; o El Niño climatologicamente falando, provoca a redução das chuvas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, porém, a situação do Oceano Atlântico, o qual banha a região, pode fazer com que esse efeito seja drasticamente diminuído. No atual El Niño 2023, a NOAA declarou uma temporada de furacões incerta no Atlântico, visto que é esperado uma anomalia de temperatura acima da média neste oceano, mesmo com a presença do El Niño, fenômeno que desfavorece o desenvolvimento desse sistema nessa mesma região. Portanto, a depender dessa anomalia, o desenvolvimento dos furacões podem seguir normalmente, por influência local do Atlântico, caso a previsão de temperatura acima da média se concretize.

11 de junho de 2023

Por que a NOAA já declarou El Niño?

A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (National Oceanic and Atmospheric Administration - NOAA, em inglês), declarou El Niño poucos dias após a anomalia de temperatura do (Niño 3.4) atingir os +0,5 em 29 de maio, o que configura o início da configuração do fenômeno de escala global, o 'El Niño', caso perdure por, no mínimo, 3 meses seguidos. Mas por que a NOAA já se adiantou e já declarou o início do fenômeno? Vamos entender o que está acontecendo de 'raramente visto', o que fez a instituição anunciar o fenômeno antes do tempo:

NOAA declara El Niño Advisory | Tropical Tidbits

Após a anomalia atingir os +0,5 em 29/05, a NOAA divulgou uma nota de 'El Niño Advisory' 10 dias depois, no dia 08 de junho, depois que o aquecimento seguiu acentuado mesmo após o (+0,5), chegando a (+0,9) em 09/06.

O que a NOAA justificou para a declaração de El Ninõ antes de fechar os 3 meses de anomalia igual ou acima de +0,5?

Em sua nota, a NOAA frisa as altas anomalias registradas simultaneamente nos trechos mais importantes para a classificação do fenômeno, como no Niño -3 (+1,1), Niño 1+2 (+2,3) e Niño 3.4 (+0.8). Outro fator que foi o mais significativo para adiantar a classificação de El Niño, conforme o boletim, foi a previsão de continuidade do aquecimento, além do grande aquecimento previsto para ocorrer ao longo da primavera, com picos no verão do hemisfério sul. Segundo a própria NOAA, as previsões estão com grandes índices de confiabilidade, o que normalmente não acontece e é necessário a espera dos 3 meses de anomalias iguais ou superiores a (+0,5), ou seja, o El Niño que só seria confirmado daqui a 3 meses, já está entre nós.

Anomalia da TSM entre 15/04 e 31/05 | NOAA

Por fim, a National Oceanic and Atmospheric Administration - NOAA afirma que o fenômeno tem 84% de chances de ultrapassar a força moderada, quando o Niño 3.4 atinge uma anomalia igual ou superior a (+1,0) e de 56% de chance de ser um evento forte, com anomalias iguais ou superiores a (+1,5), entre novembro de 2023 e janeiro de 2024.

Vale ressaltar que, a NOAA já prevê a identificação do fenômeno em um cenário como este, de acordo com a própria. Entretanto, é algo raramente visto, se tratando da confiabilidade na previsão de anomalias da temperatura da superfície do mar.

9 de junho de 2023

Poluição dos incêndios florestais do Canadá viaja aos EUA e qualidade do ar fica 'insalubre'

Massivos incêndios florestais estão atingindo a província canadense de Quebec, há cerca de 1 semana, enquanto sua poluição segue migrando para o nordeste dos EUA, causando até cancelamentos de voos.

Baixa visibilidade em Nova York City causa cancelamento de voos | Via Twitter/@isardasorensen

A qualidade do ar ficou entre as piores do mundo com a chegada da fumaça dos incêndios no nordeste dos Estados Unidos; a visibilidade da cidade caiu a níveis alarmantes, tanto que foi preciso cancelar voos do Aeroporto de LaGuardia, em Nova York. A qualidade do ar chegou a ser considerada "insalubre" em pontos dos estados americanos de Nova York e Pensilvânia

Nova York City sob o ar 'insalubre' | Ethan Sacoransky

A poluição já ocorre há um bom tempo, a piora veio depois que, nas últimas semanas, o ar prejudicial começou a viajar muito próximo a superfície, devido a influência de uma baixa pressão, situada a sudeste do Canadá e parte do nordeste dos EUA, o que acaba impactando diretamente o percurso da poluição, empurrando a fumaça para o sul, pelo movimento natural da circulação anti-horária provocada pela baixa pressão.

Central Park sob poluição dos incêndios florestais | Max Golembo

Os Jogos Olímpicos de Verão da Pensilvânia foram cancelados após 2 mil atletas terem sido convocados, enquanto escolas da cidade de Nova York seguem com aulas remotas.

Washington (DC) sob grande poluição do ar | National Mal NPS

3 de junho de 2023

Virada no tempo da Região Sul do Brasil é prevista

Após alguns dias sem registro de precipitação na região sul do Brasil, uma frente-fria deve chegar na região entre os dias 10 e 11/06 e virar o tempo.

Chegada de temporal em Porto Alegre, RS | Via Twitter/@sitesortimento

O modelo 'GFS' enfatiza alguns acumulados até elevados, que apresenta risco de temporais, mas não tão abrangente sobre o estado no dia em questão; as chuvas se concentrariam apenas no centro-sul em (11/06), como mostra a imagem:

Precipitação prevista em 24h (11/06) | GFS/Meteologix

No dia (12/06), é notável que as chuvas devem avançar mais ao norte, chegando já no estado de Santa Catarina e centro-oeste do Paraná, com chuvas mais concentradas no litoral norte do RS.

Precipitação prevista em 24h (12/06) | GFS/Meteologix

No dia (13/06), a atenção deve aumentar; chuvas ganham intensidade entre o norte do RS e grande parte do estado do PR, com altas chances de temporais nessas áreas.

Precipitação prevista em 24h (13/06) | GFS/Meteologix

Entre os dias (11 e 19/06), os volumes esperados são expressivos, com potencial para alagamentos e deslizamentos de terra. Os maiores volumes variam entre 100 e 300 mm neste período.

Precipitação prevista até (19/06) | GFS/Meteologix

2 de junho de 2023

Japão já registra +400 mm/24h e chuva ainda segue volumosa

A chegada de uma Frente-Fria no país, combinado com a chegada do Tufão Mawar, atualmente classificado como 'Tempestade Tropical', provoca chuvas excepcionais em diversas áreas do japão.
 
Combinação da frente-fria e tufão causa chuva excepcional no Japão | NOAA

Um grande volume massivo de precipitação, está sendo despejado pela Frente-Fria estacionária com influência da Tempestade Tropical Mawar, centrada ainda ao sul do Japão. Valores entre 200, 300 e até 400 mm, são encontrados em diversos pontos, generalizadamente no sudeste do país, chegando até a Grande Tóquio.

Valores de precipitação em 24h no Japão | JMA

Alguns pontos já estão prestes a superar a marca dos 500 mm nas últimas 24 horas, de acordo com a Agência Meteorológica do Japão

Valores de precipitação em 24h no Japão | JMA

A previsão da continuidade das chuvas segue, e giram em torno de 300 - 400 mm nas próximas horas, ameaçando ainda mais a população de áreas de riscos.

Previsão ainda é de chuvas excepcionais no Japão | ECMWF/Meteologix