La Niña 2020 configurada | NOAA
Agora que você já sabe o que provoca o motivo da existência do El Niño e La Niña, podemos avançar para a próxima etapa do assunto: com isso em mente, vamos ressaltar mais um ponto muito importante para entender tudo; os ventos equatoriais citados anteriormente, existe em todo o planeta e não só sobre o Oceano Pacífico, sendo assim, o resfriamento ocorre em todos os oceanos da região tropical, correto? Não, não é bem assim! apesar dos ventos equatoriais ser de escala planetária, o aquecimento e resfriamento não ocorre simultaneamente em conjunto ao Pacífico. Temos que considerar a dimensão dos oceanos; o Pacífico é o maior oceano da terra, tanto em área ocupada, quanto em profundidade, é 1/3 do planeta. Por esse motivo, seu resfriamento acaba sendo um processo mais longo e mais duradouro, ideal para a identificação do El Niño e La Niña, e justamente pela sua dimensão, o que acontece lá, tem impactos globais, se tratando de tempo, e até do clima. É esse o motivo do fenômeno ser identificado apenas no Oceano Pacífico.
Entretanto, é importante ressaltar que, apesar do Oceano Pacífico ser de impacto global, os demais oceanos também tem papel importante para o comportamento do tempo local nas regiões em que estão situados. Por exemplo; o El Niño climatologicamente falando, provoca a redução das chuvas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, porém, a situação do Oceano Atlântico, o qual banha a região, pode fazer com que esse efeito seja drasticamente diminuído. No atual El Niño 2023, a NOAA declarou uma temporada de furacões incerta no Atlântico, visto que é esperado uma anomalia de temperatura acima da média neste oceano, mesmo com a presença do El Niño, fenômeno que desfavorece o desenvolvimento desse sistema nessa mesma região. Portanto, a depender dessa anomalia, o desenvolvimento dos furacões podem seguir normalmente, por influência local do Atlântico, caso a previsão de temperatura acima da média se concretize.
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