11 de março de 2023

Relatório 2022; 17 capitais atingiram a média de precipitação anual, 2 ficaram muito distantes

Igualando literalmente com o ano de 2021, o ano de 2022 teve o mesmo número de capitais com médias de precipitações anuais atingidas, com um total de 17. Porém, enquanto em 2021 ocorreu um grande déficit em praticamente todas as capitais que não atingiram a média, em 2022, muitas ficaram próximas, sendo assim, podemos dizer que, no geral, o ano passado foi um bom ano de chuvas nas capitais do país e região.

Ilustrativa | Kim Jinhong

No região sul, 2 das 3 capitais atingiram a média de precipitação anual, são elas: Florianópolis, com um desvio positivo de (+21,1 %) com um total de 2.138,3 mm acumulados; e Curitiba, com um desvio positivo de (+2,5 %) e 1.671.6 mm acumulados. Porto Alegre fechou o ano como a única capital da região sul a não atingir a média anual de precipitação, ficando até longe de atingir, com um total de 1.311,7 mm, o que representa um déficit de (-12,2 %), sendo o segundo ano seguido sem atingir a própria média anual de precipitação.

Na região sudeste, 3 das 4 capitais tiveram déficit no acumulado de precipitação anual em 2022, são elas; São Paulo, com um déficit de (-0,6 %) "1.639,1 mm"; Rio de Janeiro, com déficit de (-13.3 %) "1.084,4 mm"; e Vitória, com o desvio negativo de (-15,9 %) "1.164,1 mm". Belo Horizonte foi a única capital da região a fechar o ano com desvio positivo na região, com (+22,6 %) que corresponde a 1.934,9 mm acumulados.

Na região centro-oeste, apenas Campo Grande atingiu a média anual de precipitação, com um desvio de (+14,9 %) e "1.672,6 mm" acumulados. Goiânia foi a capital que fechou com o menor déficit da região, com (-1,4 %) e "1.588,7 mm". Brasília foi a segunda capital com o maior déficit de precipitação anual do país em 2022, com (-20,5 %) e "1.176,2 mm"; Cuiabá vem logo em seguida, como a terceira capital do país com o maior déficit na sua precipitação anual (-17,3 %) e "1.253,2 mm" acumulados.

Na região norte, 2 das 7 capitais não chegaram a atingir a média de precipitação anual, uma delas com o destaque de maior déficit entre as capitais do país, título concedido a Rio Branco, com apenas um total de "817,2 mm" acumulados durante todo o ano, diante de uma média de 2.010,6 mm, que corresponde a um desvio de incríveis (-59,4 %); por outro lado, Palmas também fechou com déficit, mas chega a ser uma das menores do país, com (-0,7 %) e "1.736,9 mm", se assemelhando a Porto Velho que ficou com o menor déficit do país entre as capitais (-0,1 %) e "2.253,8 mm" acumulados. Boa Vista ficou com o maior desvio positivo da região, com (+28,2 %) e "2.248,7 mm" acumulados; Manaus fechou 2022 com um total de "2.504,2 mm", correspondendo a um desvio positivo de (+6,0 %); em Belém, "3.454,7 mm" foram contabilizados, correspondendo ao desvio positivo de (+4,4 %); Macapá ficou com o menor desvio positivo da região, com um total de "2.549,4 mm" (+0,9 %).

Na região nordeste, todas as capitais fecharam o ano com chuvas acima da média e se destacam como a única região do país que todas as capitais atingiram a média anual de precipitação em '2022', além de deter os 4 maiores desvios positivos do país e 9 dos 17 desvios positivos. O maior destaque ficou com a capital alagoana 'Maceió', com um desvio de (+60,5 %), a maior do país, após ter registrado "2.902,7 mm"; o segundo maior desvio positivo do país, ficou com Teresina, a capital piauiense chegou a atingir sua própria média anual de "1.329,3 mm" ainda no 4° mês do ano (abril), fechando 2022 com "2.063,4 mm", correspondendo ao desvio de (+55,2 %); o terceiro maior desvio do país foi de (+42,0 %) em João Pessoa, com o acúmulo total de "2.609,3 mm"; o quarto maior desvio positivo do país ficou com Aracaju, (+38.5 %) "1.646,8 mm" acumulados; Natal registrou um desvio de (+26,3 %) com "2.136,2 mm" acumulados, é o quinto maior desvio da região; Recife registrou um acumulado total de "2.702,1 mm", correspondendo ao desvio de (+25,4 %); em São Luís, o acumulado total de '2022' ficou em "2.442,2 mm", desvio de (+15,4 %); Fortaleza teve o penúltimo maior desvio da região após registrar "1.754,9 mm" em 2022, com um desvio de (+10,8 %) e se assemelha ao desvio registrado em Salvador de (+10,3 %), com "2.021,4 mm" acumulados.

Em uma breve comparação com 2021, as únicas capitais que não bateram a média sem grande déficit, foram: Aracaju (-3,7 %); Campo Grande (-7,4 %) e João Pessoa (-7,6 %), as demais ficaram com déficits superiores a (-14 %). Você pode conferir o acúmulo total das capitais do Brasil em 2021 clicando aqui.

Veja o ranking das capitais brasileiras por acúmulo de precipitação em 24 horas no ano de 2022:

  1. Florianópolis - SC: (20/12) - 207 mm (Inmet)
  2. Recife - PE: (28/05) - 190 mm (Apac)
  3. Belo Horizonte - MG: (09/01) - 126.8 mm (Inmet)
  4. Rio de Janeiro - RJ: (21/03) - 125.6 mm (Inmet)
  5. Boa Vista - RR: (03/12) - 122.6 mm (Inmet)
  6. João Pessoa - PB: (21/05) - 122.6 mm (Inmet)
  7. Manaus - AM: (01/12) - 120.8 mm (Inmet)
  8. Natal - RN: (06/03) - 119.1 mm (Inmet)
  9. Cuiabá - MT: (14/03) - 115.2 mm (Inmet)
  10. Salvador - BA: (18/04) - 106.3 mm (Inmet)
  11. Campo Grande - MS (12/03) - 106.2 mm (Inmet)
  12. Palmas - TO: (04/12) - 104.4 mm (Inmet)
  13. Curitiba - PR: (05/03) - 103 mm (Inmet)
  14. Fortaleza - CE: (02/06) - 101.9 mm (Inmet)
  15. Teresina - PI: (01/01) - 101.8 mm (Inmet)
  16. Maceió - AL: (26/05) - 101.4 mm (Inmet)
  17. Boa Vista - RR: (18/05) - 98.9 mm (Inmet)
  18. Belém - PA: (29/03) - 97.8 mm (Inmet)
  19. Porto Velho - RO: (20/02) - 96.4 mm (Inmet)
  20. Macapá - AP: (22/04) - 95.6 mm (Inmet)
  21. Vitória - ES: (25/11) - 94.8 mm (Inmet)
  22. São Luís - MA: (23/12) - 94.6 mm (Inmet)
  23. Brasília - DF: (16/11) - 89.2 mm (Inmet)
  24. Goiânia - GO: (17/02) - 86.2 mm (Inmet)
  25. Porto Alegre - RS: (27/01) - 70.7 mm (Inmet)
  26. Aracaju - SE: (30/11) - 59.4 mm (Inmet) 
  27. São Paulo - SP: (16/03) - 54 mm (Inmet)
Obs: Em Aracaju - SE, os dados estão ausentes entre janeiro e agosto.

Veja o ranking das capitais brasileiras por acúmulo de precipitação mensal no ano de 2022:

  1. Recife - PE: (maio) - 686.4 mm (Apac)
  2. São Luís - MA: (março) - 664.1 mm (Inmet)
  3. João Pessoa - PB: (maio) - 654.2 mm (Inmet)
  4. Porto Velho - RO: (fevereiro) - 625.6 mm (Inmet)
  5. Natal - RN: (julho) - 601.3 mm (Inmet)
  6. Maceió - AL: (maio) - 579 mm (Inmet)
  7. Belo Horizonte - MG: (janeiro) - 528.2 mm (Inmet)
  8. Belém - PA: (março) - 527.4 mm (Inmet)
  9. Macapá - AP: (abril) - 495.2 mm (Inmet)
  10. Florianópolis - SC: (dezembro) - 477 mm (Inmet)
  11. Palmas - TO: (março) - 457.7 mm (Inmet)
  12. Manaus - AM: (abril) - 454.3 mm (Inmet)
  13. Fortaleza - CE: (março) - 450.7 mm (Inmet)
  14. Boa Vista - RR: (maio) - 449.6 mm (Inmet)
  15. Teresina - PI: (março) - 447.2 mm (Inmet)
  16. Goiânia - GO: (dezembro) - 443.2 mm (Inmet)
  17. Salvador - BA: (abril) - 420.9 mm (Inmet)
  18. Rio Branco - AC: (dezembro) - 417.3 mm (Inmet) 
  19. Vitória - ES: (novembro) - 397.2 mm (Inmet)
  20. Cuiabá - MT: (março) - 396 mm (Inmet)
  21. Brasília - DF: (novembro) - 380.7 mm (Inmet)
  22. São Paulo - SP: (janeiro) - 357.2 mm (Inmet)
  23. Curitiba - PR: (janeiro) - 274 mm (Inmet)
  24. Aracaju - SE: (junho) - 264.8 mm (Cemaden)
  25. Campo Grande - MS: (março) - 211 mm (Inmet)
  26. Rio de Janeiro - RJ: (abril) - 208.6 mm (Inmet)
  27. Porto Alegre - RS: (janeiro) - 194.1 mm (Inmet)
Obs: Em Aracaju - SE, os dados estão ausentes entre janeiro e agosto.

Veja o ranking das capitais brasileiras por temperatura máxima no ano de 2022:

  1. Palmas - TO: (15/09) - 41.4℃ (Inmet)
  2. Boa Vista - RR: (14/02) - 40.7℃ (Inmet)
  3. Cuiabá - MT: (21/09) - 40.6℃ (Inmet)
  4. Porto Alegre - RS: (16/01) - 40.1℃ (Inmet)
  5. Goiânia - GO: (13/09) - 39.5°C (Inmet)
  6. Rio Branco - AC: (26/09) - 39.8℃ (Inmet)
  7. Teresina - PI: (22/10) - 38.7°C (Inmet)
  8. Porto Velho - RO: (21/09) - 38.6℃ (Inmet)
  9. Manaus - AM: (25/09) - 38.3℃ (Inmet)
  10. Rio de Janeiro - RJ: (18/01-18/03) - 38.2°C (Inmet)
  11. Vitória - ES: (01/02) - 37.4℃ (Inmet)
  12. Belém - PA: (29/10) - 36.1℃ (Inmet)
  13. Macapá - AP: (30/08) - 35.6℃ (Inmet)
  14. Belo Horizonte: (14/09) - 35.4℃ (Inmet)
  15. Campo Grande - MS: (19/11) - 35.1°C (Inmet)
  16. Maceió - AL: (19/02) - 35°C (Inmet)
  17. Florianópolis - SC: (18/01-05/02) - 34.8°C (Inmet)
  18. Fortaleza - CE: (30/08) - 34.2℃ (Inmet)
  19. São Paulo - SP: (27/10) - 34.1℃ (Inmet)
  20. Brasília - DF: (13/09) - 33.9℃ (Inmet)
  21. São Luís - MA: (06/09) - 33.7℃ (Inmet)
  22. Salvador - BA: (08/01-09/02) - 33.6°C (Inmet)
  23. João Pessoa - PB: (11/02) - 33.5℃ (Inmet)
  24. Curitiba - PR: (23/01) - 33.3°C (Inmet)
  25. Natal - RN: (01/03) - 31.9℃ (Inmet)
  26. Recife - PE: (12, 13, 14/02) - 31.4°C (Aeroporto)
  27. Aracaju - SE: (xx/xx) - (Sem dados)
Veja o ranking das capitais brasileiras por temperatura mínima no ano de 2022:

  1. Curitiba - PR: (20/05) - 1.0℃ (Aeroporto)
  2. Porto Alegre - RS: (19/06) - 3.4℃ (Inmet)
  3. Brasília - DF: (19/05) - 4.9℃ (Inmet)
  4. Campo Grande - MS: (18, 19/05) - 5.0℃ (Aeroporto)
  5. Goiânia - GO: (19/05) - 5.0℃ (Aeroporto)
  6. Florianópolis - SC: (12/06) - 5.5℃ (Aeroporto)
  7. São Paulo - SP: (18/05) - 6.6℃ (Inmet)
  8. Cuiabá - MT: (19/05) - 7.0℃ (Inmet)
  9. Belo Horizonte - MG: (19/05) - 7.6℃ (Inmet)
  10. Rio de Janeiro - RJ: (01/09) - 10.7℃ (Inmet)
  11. Rio Branco - AC: (20/08) - 12.1℃ (Inmet)
  12. Porto Velho - RO: (20/05) - 14.6℃ (Aeroporto)
  13. Vitória - ES: (19, 20/05) - 15.4℃ (Inmet)
  14. Palmas - TO: (19/05) -16.1℃ (Inmet)
  15. Teresina - PI: (27/08) - 17.7℃ (Inmet)
  16. Salvador - BA: (31/08) - 19.3℃ (Inmet)
  17. João Pessoa - PB: (01/07) - 20.0℃ (Inmet)
  18. Natal - RN: (16/08) - 20.7℃ (Inmet)
  19. Recife - PE: (23/06-26/07) - 20.7℃ (Aeroporto)
  20. Belém - PA: (24/05) - 21.1℃ (Inmet)
  21. Boa Vista - RR: (19/05) - 21.2℃ (Inmet)
  22. Macapá - AP: (12/07) - 21.3℃ (Inmet)
  23. São Luís - MA: (19/03) - 21.3℃ (Inmet)
  24. Fortaleza - CE: (16/08) - 21.5℃ (Inmet)
  25. Manaus - AM: (22/06) - 22.4℃ (Inmet)
  26. Maceió - AL: (02/09) - 18.6℃ (Aeroporto)
  27. Aracaju - SE: (xx/xx) - xx℃ (Sem dados)

2022 foi marcado por eventos de chuvas volumosas mortais em 3 regiões do Brasil; no sudeste, um temporal que chegou a despejar 110 mm em um período de apenas '1 hora e 10 minutos' no dia 15 de fevereiro, deixou mais de 233 mortes e ainda, dezenas de desparecidos que não foram mais encontrados até hoje, após um grande deslizamento de terra na cidade de Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro.

Precipitação em Quitandinha (Petrópolis-RJ) | Dados: Cemaden

 Há pouco mais de um mês, em 20 de março, um outro forte temporal atingiu a mesma região, 66 mm chegou a ser registrado em 1 hora, mas a chuva foi bem mais volumosa em Petrópolis e chegou a totalizar mais de 200 mm generalizados apenas no dia 20 de março; 242,6 mm na estação pluviométrica identificada como "Araruama/Quitandinha", 239,6 mm em "Indepêndencia2" e 227.5 mm em "Rua Amazonas/Quitandinha", todas na cidade de Petrópolis, deixando 5 novas vítimas fatais.

Araruama (Petrópolis-RJ) registra 60 mm em 1 hora | Dados: Cemaden

Na região nordeste, chuvas volumosas deixaram mais de 100 vítimas fatais na Região Metropolitana do Recife em maio, durante uma semana que sem dúvidas, está entre as mais chuvosas da história já registrada na região. Em 25 de maio, a primeira chuva intensa foi registrada na região, o volume chegou a atingir 200 mm na cidade de Olinda; na cidade do Recife, valores entre 110 e 190 mm foram registrados em diversos pontos da cidade; Jaboatão dos Guararapes chegou a registrar 158 mm, causando diversos alagamentos e as primeiras vítimas fatais das chuvas foi registrada já neste dia na região, em Olinda, uma barreira deslizou e deixou 5 pessoas feridas. Outros grandes volumes de chuva foram registrados em: (169.4 mm) em São Lourenço da Mata, (167.6 mm) em Paulista,  (156.1 mm) em Camaragibe, (152.3 mm) em Abreu e Lima, (128,8 mm) no Cabo de Santo Agostinho e (121 mm) em Ipojuca.

Ibura (Recife-PE) registra 532,1 mm em 1 semana | Dados: Cemaden

Com a região bastante úmida e moradores da região contabilizando os problemas, o pior ainda estava por vir; ainda na mesma semana (28/05), um novo Distúrbio Ondulatório de Leste (DOL) atingiu a região e a chuva veio ainda mais volumosa e generalizada. Chuvas distribuíram 200 mm nas áreas mais populosas com o maior número de áreas de riscos da Região Metropolitana do Recife; entre a capital e o município vizinho 'Jaboatão dos Guararapes', um deslizamento massivo de terra deixou dezenas de desaparecidos que, mais tarde, se somaria ao total de 128 vítimas fatais na região e fizeram com que 31 municípios decretassem situação de emergência. A região fechou o mês de maio com volumes totais de precipitação que varia entre 500 e 700 mm, sendo o maior volume, em Jaboatão dos Guararapes com 788.9 mm.

Chuvas caem generalizadas na Grande Recife | Dados: Cemaden

Na região sul, movimentações atmosféricas envolvendo um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN), fez com que um fluxo intenso de umidade marítima fosse direcionada para o litoral geograficamente propício para extremos de precipitações no Paraná e Santa Catarina a partir do dia 27 de novembro; apenas neste dia, volume chegou a 239.4 mm na região, em Morro da Igreja (SC) e mais de 100 mm generalizados por toda a faixa litorânea de SC. No dia seguinte (28/11), a chuva deu uma trégua, mas logo retornou no dia seguinte, despejando mais de 100 mm novamente em parte do litoral sul de SC e leste do Paraná, seguindo pelo dia (29/11), mas com menos intensidade; chuva de 84 mm atingiu a região de Morro da Igreja (SC) e 40 mm na Grande Florianópolis. No dia (30/11), a chuva ganhou bastante intensidade e valores extremos caíram de forma generalizadas em grande parte do leste do estado de SC e seguia no leste do Paraná; valores chegaram próximos de 500 mm em 72 horas na região e alguns dos maiores volumes nesse período foi; Pomerode, SC (491 mm), Corupá, SC (420 mm), Gaspar, SC (297 mm), Jaraguá do Sul, SC (281 mm), Antônia, PR (239 mm), Campina Grande do Sul, PR (216 mm), Morretes, PR (152 mm). 

Deslizamento atinge diversos veículos em Guaratuba (PR) | Corpo de Bombeiros/AFP

Essas chuvas causaram um grande deslizamento massivo em uma importante trecho da BR-376 ainda no dia (28/11) na cidade de Guaratuba (PR), atingindo 15 carros e seis caminhões, deixando vítimas fatais e dezenas de desaparecidos. Na Grande Florianópolis, graves inundações também foram registradas por moradores, bairros ficaram completamente inundados. 

Dezenove dias depois, após a configuração de um cavado meteorológico na região, no dia (18/12), a posição de um sistema de alta pressão atmosférica estava perfeitamente favorável em alto mar para direcionar a umidade oceânica para a região de SC, repetindo o mesmo cenário que ocorreu no final de novembro. Mas esse evento foi ainda mais intenso, pois o cavado é um dos principais sistemas meteorológicos indutores de instabilidades do país e recebeu ainda mais fluxo de umidade em relação ao evento anterior, resultando em chuvas mais volumosas novamente no litoral de SC; chuvas de 100 mm já chegou a ser registrado no município de São Pedro de Alcântara já no dia (19/12), precedendo a grande acúmulo que viria no dia seguinte (20/12), quando valores entre 180 e 270 mm caíram de forma generalizada entre o litoral norte e a Grande Florianópolis: Itajaí (276 mm), Balneário Camboriú (274 mm), Piçarras (254 mm), Governador Celso Ramos (237 mm), Palhoça (212 mm), Penha (229 mm), São José (194 mm), Florianópolis (193 mm).

Balneário Camboriú (SC) registra graves enchentes | Matheus Paz

Balneário Camboriú (SC) foi onde a chuva caiu mais generalizada, os 4 cantos da cidade (zona leste, oeste, norte e sul) registraram precipitações acima de 200 mm em 24 horas no dia 20 de dezembro; zona norte (274 mm), zona leste (227 mm), zona oeste (244 mm) e zona sul (225 mm). O mês de dezembro fechou como o mais chuvoso do ano em diversos municípios da região, alguns volumes se destacam como os (658 mm) em São José, (644 mm) em Garuva, (640 mm) em Governador Celso Ramos, (608 mm) em Itajaí, (568 mm) em Balneário Camboriú, (567 mm) em Tijucas, (565 mm) em Palhoça e (545 mm) em Florianópolis  — mostram dados do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

E esse foi o relatório de 2022, expondo extremos das capitais das principais variáveis meteorológicas e chuvas marcantes que ocorreram no país no ano de referência, com dados do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), Aeroportos e Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).

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